** 15 DE ABRIL: O VULCÃO - Dia chatinho esse...Com um tempo nada a ver para a primavera (friozinho e vento), logo que acordamos já soubemos da notícia que um vulcão na Islândia poderia causar o cancelamento de alguns voos. Na verdade foi mais ou menos assim que recebi a notícia e só mais tarde fui tendo noção da real dimensão do problema e que estava por começar um dos maiores prejuízos da história da aviação na Europa. Mas, no fundo, tanto eu quanto minhas amigas, não acreditávamos que ia dar muita coisa e realmente achamos que nossa viagem para a Itália (marcada para às 6 horas de amanhã rumo a Veneza) estava a salvo. Enfim, fizemos tudo como devia ser: pegamos dinheiro, fizemos check in (também aproveitamos, Jaque e eu, para pegar nosso certificado na escola), arrumamos a mala e ficamos de olho no site do aeroporto da Irlanda e da Ryanair. Aí a Ale veio para cá e ficamos jogando, conversando, escutando musica e acabamos dormindo 3h30. Depois disso, a Ale ficou com o compromisso de acordar mais cedo e olhar o site novamente (é, ainda estávamos na esperança de viajar).
** 16 DE ABRIL: TUDO CANCELADO - Acordei por volta de 11 horas e a Ale já estava atenta às notícias. No inicio da manhã elas diziam que até o inicio da tarde estavam todos os voos cancelados. Não queríamos pensar que não iríamos, mas já estávamos ficando atucanadas. Até que no meio da tarde veio a confirmação que o aeroporto de Dublin só reabrirá na próxima segunda-feira. Ou seja, não vamos para a Itália (pelo menos não agora...). Arrasadas, Ale e eu resolvemos sair para caminhar num agradável final de tarde em Dublin, quando os termômetros marcavam 14 graus. Passeamos pela Grafton Street, fomos no Stephens Green Park (lindoooo na primavera e com flores de todos as cores), tiramos foto com a Molly Malone (aquela estátua da mulher que é uma das referências da cidade), no Spire (a imensa agulha localizada na O’Connell Street)....Foi um momento turista e, de certa forma, senti como o início das despedidas de Dublin. Enfim, à noite a Leti também veio dormir aqui e fizemos nossa velha programação (desta vez faltando a Ane). É, dizem que mais de cem mil pessoas ficaram na mão no aeroporto de Dublin e estamos inclusas neste barco. Menos mal que estamos em casa....mas o voo não tem qualquer previsão ainda e, para variar, está impossível qualquer contato com a companhia aérea.
** PASSEANDO POR DUBLIN...
- LIFFEY!
** STEPHENS GREEN PARK!
** COM MINHA QUERIDA AMIGA ALE!
** NA GRAFTON STREET!!
** COM A MOLLY MALONE!
** COM O SPIRE!
** PARTICIPANDO DA HISTÓRIA - Olha, estava pensando e percebi que estou vivendo grandes datas na Europa: os 250 anos da Guinness comemorado em outubro de 2009 e que foi uma festa nas ruas do Temple Bar aqui em Dublin; os 150 anos do Big Ben quando estava no ano-novo em Londres; a maior nevasca dos últimos anos que me deixou presa, em janeiro, vários dias em Liverpool e agora este (maldito) vulcão adormecido que resolve acordar após 187 anos e, até agora, detonar nossa viagem para a Itália...Tsc, tsc...este último eu não me importava em passar...mas, enfim, vamos às explicações do que aconteceu com este vulcão.
** SAIBA MAIS SOBRE O (MALDITO) VULCÃO: O que causou o maior caos da aviação na Europa é um vulcão situado na Islância, chamado Eyjafjallajokull, e que teve o início de sua última grande erupção em 1821 (quando permaneceu ativo pro cerca de dois anos). Após todo este tempo, ele ''acordou'' no último 20 de março e voltou a ter uma nova erupção no dia 14 de abril. E foi esta última que deu início a todo problema por aqui (além de derretimento de gelo e enchentes e estragos nas regiões próximas à Islândia). Isto porque esta erupção liberou tamanha quantidade de cinzas na atmosfera que, por causa do vento, as cinzas ''viajaram'' mais de mil quilômetros e várias nuvens ficaram sobre o Reino Unido e demais locais da Europa. Então, o receio é que as particulas de objeto vulcânico possam provocar entupimento das turbinas das aeronaves...aí já viu né!. Enfim, é por isso que estamos vivendo um caos completo e muitos dos aeroportos estão fechados (incluindo os da Irlanda). Assim, estima-se que, desde quinta-feira (dia 15) até, pelo menos, segunda-feira, as empresas aéreas tenham um prejuízo de, em torno, 250 milhões de dólares por dia.
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